O Figo é uma fruta muito energética e ajuda a evitar a fadiga mental
O Figo é uma fruta muito energética e ajuda a evitar a fadiga mental
O figo é uma fruta altamente energética, por ser rica em açúcar. Entre os sais minerais que contém destacam-se o Potássio, o Cálcio e o Fósforo, que contribuem para a formação de ossos e dentes, evitam a fadiga mental e contribuem para a transmissão normal dos impulsos nervosos.
Figo é o fruto da figueira, originário da região do mediterrâneo, pertencente à família Moraceae. O seu formato é semelhante ao da pera e mede entre 3 e 7 cm. Pode ser encontrado de vários tipos com tamanho, forma e cor diferentes, por exemplo, pretos, roxos, vermelhos, verdes ou amarelos.
O figo seco é ótimo alimento para as pessoas que gastam muita energia em exercícios musculares. Já o figo fresco é considerado expetorante pela sua eficácia contra inflamações do aparelho respiratório (tosse, catarros). O figo seco, bem triturado e aplicado em compressas quentes, amadurece e desfaz abcessos e furúnculos. As sementes fazem dele um laxante ativo e suave, estimulando a musculatura do intestino.
A água de figos (secos ou frescos), tomada pela manhã, em jejum, e à noite ao deitar, normaliza a função intestinal, além de auxiliar a expulsão de vermes intestinais. O figo é recomendado para os que sofrem de doenças do fígado e vesícula biliar. Já os que sofrem de acidez do estômago, artrites ou são obesos, devem evitá-lo.
Rico em vitaminas (A, B1, B2 e C), de fácil digestão, o figo só não é indicado para regimes de emagrecimento ou pouco calóricos. Afinal, 1 kg da fruta contém mais de 2.000 calorias! Em compensação, suas propriedades terapêuticas variadas recomendam-no para prevenir doenças e reforçar a saúde.
Curiosidades
A origem da espécie parece ser do Oriente Médio. O figo comestível era cultivado em todas as civilizações do Mediterrâneo na antiguidade, incluindo os povos egípcios, judeus, gregos e romanos. O figo comestível tinha a vantagem de poder ser secado e se manter adequado à alimentação durante meses. Para atravessar o deserto, os povos antigos do Oriente Médio e norte da África utilizavam frutas secas, entre elas o figo, ricas em nutrientes e fáceis de conservar.
As figueiras possuem um dos sistemas de reprodução mais curiosos da natureza. As suas flores, encerradas nos sicónios, não têm contato direto com o ambiente externo, de forma que o pólen não pode ser transferido de uma planta a outra espontaneamente. Há uma série de espécies de vespas polinizadoras minúsculas que se aproveitam da proteção do sicónio para depositar seus ovos. Elas procuram sicónios cujas flores femininas estejam maduras, e depositam seus ovos em seus ovários. As larvas, ao eclodirem, se alimentam dos tecidos internos do sicónio. Quando atingem a fase adulta, os machos fecundam as fêmeas e, mais tarde, morrem, sem saírem dos figos, pois somente as vespas femininas possuem asas. As fêmeas então procuram sair pelo ostíolo, passando pelas paredes internas do sicónio. Neste momento as flores masculinas estão maduras, de modo que as fêmeas são impregnadas de pólen, antes destas abandonarem os figos.
No Egito antigo o figo era o alimento usado para a engorda do ganso para a produção do foie gras (o fígado de ganso gordo). Ainda no Egito, ele era também utilizado no preparo de pães artísticos, acrescentados à massa.
Na Roma antiga, a técnica de engorda do ganso foi introduzida por Marcus Gavius Apicius (gastrónomo romano do séc. I d.C.). Ao lado do queijo e da cevada, o figo tinha um papel de destaque na Grécia antiga, principalmente em Esparta.
Os maias e os astecas utilizavam a casca de figueiras nativas da região para produzir o papel utilizado nos seus livros sagrados.